O pavilhão da Ovinocultura, localizado abaixo dos pavilhões de bovinos e equinos, conta com 80 animais, de dez raças diferentes. Tem raças especÃficas para carne, outras para carne e lã e outras mais focadas na produção de leite.
“Procuramos trazer para a feira uma variedade de raças para mostrar o potencial genético que temos em Santa Catarina. Aqui na Efapi temos animais premiados na Expointer e na Sulbrasileira de Ovinos. Vale a pena conferir. Também temos uma programação de palestras para produtores, acadêmicos, Epagri, Secretaria de Desenvolvimento Rural e Sebrae”, disse o coordenador do setor e consultor do Sebrae, Paulo Gregianin.
Ele destacou que o Oeste Catarinense tem cerca de 200 mil ovinos, de um total de 300 mil. Gregianin disse que a atividade tem potencial de se consolidar como mais uma fonte de renda nas propriedades. O maior frigorÃfico de ovinos do paÃs está na região, mas 95% dos animais vem do Rio Grande do Sul. Gregianin disse que o setor precisa de mais profissionalização, para garantir a oferta constante de cordeiros para os restaurantes e consumidores.
Um dos expositores é o empresário Arnalto Conteratto, de Chapecó, que há três anos comprou uma propriedade e passou a criar ovinos.
“Tenho 350 animais, trouxe dez animais da raça texel para a feira e estou fazendo um melhoramento genético para dar mais qualidade ao rebanho”, disse.
Anderson Bianchi, de Lajeado Grande, tem 700 animais das raças leiteiras Lacaune e East Friesian. Ele montou um laticÃnio e industrializa 350 litros de leite por dia. Produz queijos, doces, iogurte e licor, que são comercializados para 14 estados do paÃs. Além disso abate cerca de 40 animais por mês, para vender carne.
“Temos um mercado que está em crescimento no paÃs e a Efapi é importante para divulgarmos os nossos produtos e a atividade”, disse Bianchi. O consumo de ovinos é de apenas 400 gramas per capita por ano. O consumo de aves, por exemplo, passa de 40 quilos. Tem um bom espaço para a atividade. Afinal, num churrasco uma paleta de ovelha faz a diferença.